O ano de 2020 encerrou com cerca de 161.500 casas vendidas em Portugal, uma redução de atividade que fica 8% abaixo dos 175.300 fogos transacionados no país em 2019, estima a Confidencial Imobiliário, com base na informação reportada ao SIR-Sistema de Informação Residencial.
Uma quebra que se fez sentir de forma particularmente acentuada nas duas principais cidades do país. “Este resultado agregado não é espelhado da mesma maneira nos diferentes mercados. Desde logo em mercados como Lisboa e Porto, onde o driver de procura internacional e do turismo é mais expressivo e onde pressão sobre as vendas acabou por ser maior”, realça Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário. De facto, quer Lisboa quer o Porto observaram quebras nas vendas mais acentuadas do que agregado nacional. As estimativas apontam para 11.600 casas transacionadas em Lisboa, atividade que reflete uma quebra de 18% relativamente às 14.150 casas vendidas em 2019. No Porto, a atividade terá somado 5.200 casas vendidas, ficando 27% abaixo dos 7.150 fogos transacionados em 2019.
A quebra de atividade reflete sobretudo o impacto inicial da pandemia, com o 2º trimestre do ano a registar a menor atividade, com cerca de 32.500 fogos transacionados, numa queda de 21% face às 41.600 unidades vendidas no 1º trimestre. O mercado reativou no 3º trimestre, registando perto de 44.000 unidades transacionadas, atividade que se manteve no 4º trimestre, com vendas estimadas de 43.350 fogos.
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